LIVRO DO CÉU VOLUME 4-162
15 de dezembro de 1902
4-162 Ela é pregada com Jesus. O homem está para ser esmagado pelo peso da justiça divina
(1) Continuando o meu estado habitual, encontrei-me fora de mim mesma e encontrei o meu adorável Jesus atirado por terra, crucificado, que todos o espezinhavam, e eu para impedir que isto fizesse estendi-me sobre Ele para receber sobre mim o que faziam a Nosso Senhor. E enquanto estava naquela posição disse: “Senhor, o que te custa que esses mesmos pregos que te trespassem, me trespassem ao mesmo tempo?” Enquanto eu estava nisto eu encontrei-me
pregada com aqueles mesmos pregos que tinham pregado ao bendito Jesus, Ele abaixo e eu acima; e nesta posição nos encontramos no meio daqueles homens que querem o divórcio, e Jesus lhes mandava tantos raios de luz produzidos pelos sofrimentos que Jesus e eu sofríamos, e eles ficavam impressionados e confundidos. E compreendia que se o Senhor quiser fazer-me sofrer quando eles vierem para fazer isto, fracassarão e não concluirão nada.
(2) Depois disto desapareceu, ficando eu sozinha a sofrer, depois voltou de novo mas não crucificado, e se lançou em meus braços, mas se tornou tão pesado que meus pobres braços não resistiam e estava a ponto de deixá-lo cair a terra. Então, vendo que por mais que fizesse e me esforçasse não podia sustentar esse peso, era tanta a pena que sentia que chorava abundantemente, e Ele vendo o perigo de cair e meu pranto, chorava junto comigo. ¡ Que cena mais dilacerante! Então, fazendo-me violência o beijei no rosto, e me beijando Ele também lhe disse: “Vida e força minha, por mim sou débil e nada posso, mas contigo tudo posso; por isso
fortalece minha debilidade infundindo-me tua mesma força, e assim poderei sustentar o peso de sua pessoa, único meio para podermos reciprocamente evitar este desgosto, eu de te fazer cair e Você de sofrer a queda. Ao ouvir isto, Jesus disse-me:
(3) “Minha filha, não compreendes tu o significado do meu pesar? Deves saber que é o peso enorme da justiça que nem Eu posso suportá-lo mais, nem tu poderás contê-lo, e o homem está por ser esmagado pelo peso da justiça divina”.
(4) Eu, ouvindo isto, chorava, e Ele, para me distrair, como antes de vir, tinha um forte temor de que não devesse obedecer sobre certas coisas, acrescentou:
(5) “E tu, minha amada, por que temes tanto que não te fizesse obedecer? Não sabe que quando atraio alguém, identifico a alma Comigo, comunicando-lhe meus segredos, a primeira tecla que ponho, a que soa mais bela e que comunica o som a todas as outras teclas, é a tecla da obediência? Tanto, que se as outras teclas não estão em comunicação com a primeira tecla, soarão de um modo discordante, que jamais poderá ser agradável a meu ouvido. Por isso não temas, e além disso, não tu mas Eu obedecerei em ti, e sendo uma obediência que me compete fazer a Mim, deixa-me agir a Mim, sem te preocupares, porque só Eu sei o que convém, e o modo para fazer-me conhecer”.
(6) Dito isto desapareceu e eu encontrei-me em mim mesma. Seja sempre bendito o Senhor.
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