LIVRO DO CÉU VOLUME 4-167
30 de dezembro 1902
4-167 O Senhor a faz ver terremotos, destruição de cidades e lhe fala de sua Vontade
(1) Encontrando-me em meu estado habitual, me parecia ver a Santíssima Trindade e eu no meio deles, como se quisessem resolver o que deviam fazer com o mundo. Então parecia que diziam:
(2) “Se ao mundo não se lhe mandam fortíssimos flagelos, tudo terá terminado para ele em matéria de religião, e se voltarão pior que os mesmos bárbaros”.
(3) Enquanto diziam isso, parecia que guerras de todas as espécies, terremotos que destruíam cidades inteiras e doenças, desciam à terra. Eu ao ver isto, tremendo toda disse: “Majestade Suprema, perdoai a ingratidão humana, agora mais do que nunca o coração do homem se rebelou, se for castigado se rebelará principalmente, acrescentando ultrajes a ultrajes a Vossa Majestade. E uma voz que saía do meio deles dizia:
(4) “O homem pode rebelar-se quando só é mortificado, mas quando é destruído cessa sua rebelião. Agora, aqui não se fala de mortificações mas de destruição”.
(5) Depois disto desapareceram; mas quem pode dizer como fiquei, muito mais porque sentia como uma disposição de querer sair deste estado de sofrimentos, e uma vontade não perfeitamente resignada ao Querer Divino. Via com clareza que a mais feia afronta que a criatura pode fazer ao Criador é opor-se a seu Querer Santíssimo, por isso sentia a pena, temia fortemente que pudesse fazer um ato oposto a seu Querer, e com tudo isso não podia me acalmar. Então, depois de muito esperar, regressou o meu adorável Jesus e me disse:
(6) “Minha filha, muitas vezes Eu me contento em escolher as almas, em cercá-las de força divina de modo que nenhum inimigo possa entrar nela, e aí estabeleço minha perpétua morada, e neste morar que faço me abaixo, pode-se dizer, aos mais pequenos serviços, a limpo, lhe extirpo todos os espinhos, lhe destruo tudo o que de mal tem produzido a natureza humana, e nela planto tudo o que de belo e de bom em Mim se encontra, tanto de formar o mais belo jardim de minhas delícias, do qual me sirvo a meu gosto e segundo as circunstâncias de a minha glória e o bem dos outros, tanto que se pode dizer que já não tem nada do seu, servindo-me só para meu quarto. Então, você sabe o que é preciso para destruir tudo isso? Um ato oposto à minha Vontade, e tudo isso você fará se você se opor à minha Vontade.
(7) E eu: “Temo Senhor que os superiores possam me dar a obediência da outra vez.
(8) E Ele: “Isso não é coisa tua, e Eu as verei com eles, mas nisto está o teu querer”.
(9) Apesar de tudo isto não podia me acalmar e ia repetindo em meu interior: “Que mudança funesta me aconteceu! Quem tem desunido meu querer do Querer de meu Deus, que parecia que formava um só.
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