LIVRO DO CÉU VOLUME 4-182
9 de março de 1903
4-182 Jesus fala da humildade e da correspondência
(1) Continuando o meu estado habitual, ouvia que no meu íntimo o bendito Jesus rezava dizendo:
(2) “Pai Santo, glorifica o teu nome, confunde e esconde-te dos soberbos e manifesta-te aos humildes, porque só o humilde te reconhece pelo seu Criador, e se reconhece como tua criatura”.
(3) Dito isto não se deixou ouvir mais, embora eu compreendesse a força da humildade diante de Deus, parecia-me que não tem nenhuma dúvida em confiar-lhe os mais preciosos tesouros, mas sim tudo está aberto para os humildes, nada está fechado à chave; todo o contrário para os soberbos, mas parece que lhes põe um laço nos pés para os confundir a cada passo. Pouco depois fez-se ver outra vez e me disse:
(4) “Minha filha, se um corpo está vivo se conhece pelo calor interno contínuo, porque se pode dar que mediante algum calor externo se possa aquecer, mas não vindo da verdadeira vida logo volta a esfriar-se. Assim a alma, pode-se conhecer se está viva à graça se sua vida interna está viva no obrar, em amar-me, se sente a força de minha mesma vida na sua; se em troca, é por qualquer causa aparente que se aquece, faz algum bem e depois se esfria, regressa aos vícios, comete as habituais fraquezas, há uma grande certeza de que está morta à graça, ou bem está nos últimos
extremos da vida. Assim se pode saber se verdadeiramente sou Eu quem vou à alma, se sente minha graça em seu interior e todo seu bem se funda em seu interior; se em troca tudo é externo e nada adverte em seu interior de bem, pode ser obra do demônio.
(5) Enquanto isto dizia desapareceu, mas pouco depois voltou e acrescentou:
(6) “Minha filha, que terrível pode ser para as almas que foram muito fecundadas pela minha graça e não retribuíram. A nação hebraica, a mais predileta, a mais fecundada, não obstante a mais estéril, e toda a minha pessoa não produziu aquele fruto que Paulo produziu nas outras nações menos fecundadas, mas mais correspondentes, porque a não correspondência à graça, cega a alma, e a faz errar e a dispõe à obstinação, mesmo diante de qualquer milagre.
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade