LIVRO DO CÉU VOLUME 4-30
11 de Novembro de 1900
4-30 Saindo do Divino Querer se perde o conhecimento de Deus e de si mesmo.
(1) Parece que o Senhor bendito quer exercitar-me na paciência, não tem compaixão nem de minhas lágrimas nem de meu dolorosíssimo estado. Eu sem Ele me vejo imersa nas maiores misérias, creio que não haja alma mais perversa que a minha, se bem que estando com Jesus me vejo mais que nunca má, mas como me encontro com Ele que possui todos os bens, minha alma encontra o remédio a todos os males. Assim que faltando Ele, tudo para mim termina, não há nenhum remédio para minhas grandes misérias, muito mais me oprime o pensamento de que não seja mais Vontade sua, meu estado, e não estando em seu Querer me parece estar fora do centro,
e Muitas vezes penso em como sair. Agora, estando com estas disposições ouvi-o atrás de minhas costas que me dizia:
(2) “Cansaste-te, não é verdade?”
(3) E eu: “Sim Senhor, sinto-me bastante cansada”.
(4) E Ele continuou: “Ah! minha filha, não saias de meu Querer, porque saindo de dentro Dele vens a perder meu conhecimento, e não conhecendo-me vens a perder o conhecimento de ti mesma, porque só se distingue com clareza se há ouro ou lama com os reflexos da luz, porque se tudo é trevas facilmente se podem confundir os objetos. Agora, luz é meu Querer, que te dando meu
conhecimento, aos reflexos desta luz vem a conhecer quem você é, e vendo a tua fraqueza, o teu puro nada, agarras-te aos meus braços e junta-te ao meu Querer, vives comigo no Céu. Mas se quiser sair de meu Querer, a primeira coisa que perderá é a verdadeira humildade, e depois virá a viver sobre a terra e será obrigada a sentir o peso terreno, a gemer e suspirar como todos os outros desventurados que vivem fora de minha Vontade”.
(5) Dito isto foi retirado sem sequer ser visto. Quem pode dizer o rasgo da minha alma?
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