LIVRO DO CÉU VOLUME 4-83
4 de Setembro de 1901
4-83 Ardores do coração de Jesus pela glória da Majestade Divina e pelo bem das almas.
(1) O meu adorável Jesus continua a vir, e esta manhã mal o vi senti um desejo de lhe perguntar se me tinha perdoado os meus pecados, por isso lhe disse: “Doce amor meu, quanto anseio ouvir da tua boca se me perdoaste os meus tantos pecados”. E Jesus aproximou-se do meu ouvido, e com o seu olhar parecia que perscrutava todo o meu interior e disse-me:
(2) “Tudo está perdoado e eu perdoo-te, não te resta outra coisa senão alguns defeitos cometidos inadvertidamente por você, e eu também perdoá-los”.
(3) Depois disto parecia que Jesus se punha atrás de mim, e me tocava os rins com sua mão os fortificava. Quem pode dizer o que sentia com aquele toque? Somente sei dizer que sentia um fogo refrigerante, uma pureza unida a uma força; depois que me tocou os rins lhe pedi que fizesse o mesmo ao coração, e Jesus para agradar-me condescendeu, e depois me parecia como se Jesus bendito estivesse cansado por minha causa, e lhe disse: “Doce vida minha, estás cansado por minha causa, não é verdade?”
(4) E Ele: “Sim. Pelo menos sê grata pelas graças que te estou dando, porque a gratidão é a chave para poder abrir com prazer os tesouros que Deus contém; mas deves saber que isto que fiz te servirá para te preservar da corrupção, para te corroborar e para dispor tua alma e teu corpo à glória eterna”.
(5) Depois disto parecia que me transportasse de mim mesma e me fazia ver a multidão das nações e o bem que podiam fazer e não fazem, e portanto a glória que Deus deve receber e não recebe, e Jesus todo aflito acrescentou:
(6) “Amada minha, o meu coração arde pela honra da minha glória e pelo bem das almas. Por todo o bem que omitem, tantos vazios recebe minha glória, e suas almas embora não façam o mal, não fazendo o bem que poderiam fazer são como aquelas salas vazias, que embora sejam belas, mas não há nada para admirar que atraia o olhar, e portanto nenhuma glória recebe o dono, e se fazem um bem e outro o omitem, são como aquelas salas todas despovoadas, em que apenas algum objeto se descobre sem nenhuma ordem. Amada minha, entra a tomar parte destas penas, dos ardores que meu coração sente pela glória da Majestade Divina e pelo bem das almas, trata de preencher estes vazios de minha glória, e poderás fazê-lo não deixando passar um momento da tua vida que não esteja ligado à minha, isto é, em todas as tuas ações, seja oração ou sofrimento, repouso ou trabalho, silêncio ou conversação, tristeza ou alegria, mesmo o alimento que tomes, em
suma, em tudo o que te possa acontecer porás a intenção de me dar toda a glória que em tais ações deveriam dar-me e de suprir o bem que deveriam fazer e não fazem, tentando repetir a intenção por quanto glória não recebo e por quanto bem omitem. Se você fizer isso, você preencherá de alguma forma o vazio da glória que devo receber das criaturas, e meu coração sentirá um refrigério ao meu ardor, e por este refrigério correrão rios de graça em proveito dos mortais, que lhes infundirão maior força para fazer o bem.
7) Depois disto, encontrei-me em mim mesma.
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