LIVRO DO CÉU VOLUME 5-18
Outubro 2, 1903
Quem procura estar unido com Jesus, cresce na sua própria vida e dá o desenvolvimento ao enxerto feito por Ele na Redenção, acrescentando outros ramos à árvore da sua humanidade.
(1) Encontrando-me em meu habitual estado, toda amarga e afligida e quase aturdida pela privação de meu adorável Jesus, não sabendo eu mesma onde me encontrasse, se no inferno ou sobre a terra, como raio que foge apenas o vi que dizia:
(2) “Quem se encontra no caminho das virtudes está em minha própria vida, e quem se encontra no caminho do vício, se encontra em contradição Comigo”.
E desapareceu.
(3) Logo depois, em outra aparição como relâmpago adicionado:
(4) “Minha Encarnação enxertou a humanidade à Divindade, e quem busca estar unido Comigo, com a vontade, com as obras e com o coração, tratando de desenvolver sua vida a norma da minha, pode-se dizer que cresce em minha mesma vida e dá o desenvolvimento ao enxerto feito por Mim, adicionando outros ramos à árvore da minha humanidade. Se não se une Comigo, além de que não cresce em Mim, não dá nenhum desenvolvimento ao enxerto, mas como quem não está Comigo não pode ter vida, então com a perdição se perde este enxerto”.
(5) E novamente desapareceu. Depois disso, eu me encontrei fora de mim mesma dentro de um jardim onde estavam vários arbustos de rosas, algumas belas, abertas em justa proporção, outras semicerradas, e outras com todas as folhas caindo, que apenas se necessitava um ligeiro movimento para fazê-las descascar, ficando somente o caule da rosa nu, e um jovem, não sabendo quem fosse, me disse:
(6) “As primeiras rosas são as almas interiores, que trabalham em seu interior, são símbolo das folhas da rosa que se contêm no interior, dando um contraste de beleza, de frescor e de solidez, sem temer que alguma folha caia por terra; as folhas exteriores são símbolo do desabafo que faz a alma interior ao exterior, porque tendo vida por dentro são obras perfumadas de caridade santa, que quase como luzes golpeiam os olhos de Deus e do próximo. As segundas rosas são as almas exteriores, que o pouco bem que fazem tudo é externo, e à vista de todos, por isso, não sendo um desabafo do interior, não pode estar a única finalidade do amor de Deus, por isso, onde não há isto, as folhas não podem estar fixas, é dizer as virtudes, pelo que chegando o leve sopro da soberba, o sopro da complacência, do amor próprio, do respeito humano, das contradições, das mortificações, fazem cair as folhas mal as tocam, assim que a pobre rosa fica sempre nua, sem folhas, ficando-lhe somente espinhos que punem a consciência”.
(7) Depois disto encontrei-me em mim mesma.
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