Uma Jornada de Fé e Sofrimento na Meditação da Paixão de Cristo**

Quem é Luisa Piccarreta
Uma Jornada de Fé e Sofrimento na Meditação da Paixão de Cristo**
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Em um relato profundamente espiritual e introspectivo, Luisa Piccarreta descreve sua jornada de humildade, arrependimento e busca pela imitação da vida de Jesus. A narrativa, repleta de diálogos íntimos com o divino, revela uma alma em constante luta para superar suas falhas e se aproximar da misericórdia e do amor de Deus.

A história começa com um momento de profunda contrição, em que ela, consciente de seus erros, é repreendido por uma voz interior que o exorta a não se prender ao passado. “Esqueço-me das culpas”, diz a voz, que se identifica como a própria Misericórdia Divina. A mensagem é clara: uma vez que a alma se humilha, confessa seus pecados e se compromete a não mais ofender, remoer o passado é visto como uma afronta à graça divina.

Em seguida, a narrativa descreve um diálogo com Jesus, que enfatiza a importância de viver no presente, focando no amor mútuo e na imitação de Sua vida. Luisa reconhecendo sua própria fraqueza, pede orientação para reparar o tempo perdido. A resposta é sempre a mesma: a imitação da vida de Cristo, com retidão, mortificação e um olhar fixo no divino, independentemente das circunstâncias.

A voz divina instrui Luisa a agir com espírito de sacrifício, mortificando sua própria vontade e desejos para viver apenas para Deus. “Quero que em todas as tuas coisas, até às necessárias, sejam feitas com espírito de sacrifício”, diz Jesus, comparando as obras humanas a moedas que só têm valor quando carregam a imagem do Rei.

A narrativa também aborda a importância da caridade como fundamento de todas as virtudes. Sem o amor divino, mesmo os maiores sacrifícios são vazios. Luisa é encorajada a realizar até as menores ações com o propósito de agradar a Deus, transformando-as em atos de amor e devoção.

Em momentos de fraqueza, Luisa se sente aniquilada, reconhecendo sua própria insignificância. No entanto, a voz divina o consola, oferecendo apoio e prometendo guiá-lo. “Põe-te junto a Mim, apoia-te no meu braço, Eu te sustentarei”, diz Jesus, incentivando-o a manter o olhar fixo no divino e a imitar Seu exemplo.

A jornada espiritual é marcada por constantes desafios, como a obediência às ordens do confessor, mesmo quando contradizem seus desejos mais profundos, como receber a Comunhão. Em um momento particularmente emocionante, o indivíduo, privado da Eucaristia, chora e desabafa com Jesus, que o consola com uma presença íntima e reconfortante.

A narrativa culmina com um sentimento de maravilhamento diante do amor divino, que, apesar das falhas humanas, continua a se revelar de forma profunda e transformadora. Luisa ainda temerosa de ser abandonada, encontra paz na certeza de que Deus nunca a deixará.

Essa história, repleta de ensinamentos espirituais, serve como um testemunho da luta interior pela santidade e da busca incessante pela união com o divino. É um convite à humildade, à mortificação da vontade própria e à confiança na misericórdia infinita de Deus.

Em um relato profundamente emocional e espiritual, Luisa compartilha sua experiência mística ao meditar sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. A narrativa, repleta de simbolismos e sentimentos intensos, revela uma jornada de dor, resignação e desejo de união com o divino, marcada por visões, diálogos internos e um profundo anseio por sofrer em nome da fé.

A história começa com uma voz interior que a guia, instruindo-a a mergulhar no “imenso mar” da Paixão de Cristo. Essa voz a convida a refletir sobre as dores suportadas por Jesus, o amor que Ele demonstrou ao sofrer e a insignificância humana diante de Sua grandeza. A meditação sobre a crucificação e as virtudes de Cristo — paciência, humildade e obediência — a levam a um estado de profunda contrição, onde se sente “aniquilada” ao comparar-se com Ele.

Em um momento marcante, Luisa descreve uma visão vívida: enquanto trabalhava, foi surpreendida pela imagem de Jesus carregando a cruz, cercado por uma multidão hostil. O olhar de Cristo, ensanguentado e suplicante, direcionado a ela, causa uma dor tão intensa que a leva a chorar e a pedir para sofrer em Seu lugar. Esse episódio acende nela um desejo ardente de sofrimento, que se torna uma constante em sua vida espiritual.

Luisa relata que, após receber a Comunhão, sentia-se impelida a pedir sofrimento a Cristo. Em resposta, Ele parecia cravar espinhos de Sua coroa em seu coração ou apertá-lo com tanta força que a fazia perder os sentidos. No entanto, ela pedia que essas experiências permanecessem secretas, sem que outras pessoas percebessem. Com o tempo, porém, ela diz que seus pecados a tornaram “indigna” de sofrer em silêncio, e as provações tornaram-se mais evidentes.

Em outro trecho impactante, a devota descreve um diálogo com Cristo, no qual Ele anuncia que a deixará temporariamente sozinha, sem Sua presença sensível, para que ela aprenda a caminhar por si mesma. Essa notícia a deixa devastada, mas ela se resigna à vontade divina, aceitando o vazio e a dor como parte de seu processo de purificação. A ausência de Cristo faz com que ela veja o mundo de forma diferente: elementos da natureza, como água, fogo e flores, passam a lembrá-la constantemente de Sua criação e de Sua ausência sensível.

A narrativa também aborda os momentos de desolação extrema, nos quais Luisa sentia-se gelada, sem ar e profundamente angustiada. Esses episódios eram tão intensos que sua família chegava a suspeitar de doenças físicas, insistindo em chamar médicos. No entanto, ela preferia ficar sozinha, refugiando-se em sua fé e na esperança de que Cristo retornaria.

Apesar das provações, Luisa encontra consolo na Eucaristia, onde sente a presença de Cristo, mesmo que de forma severa e não amorosa. Ela relata que, após períodos de fidelidade e sofrimento, Ele retorna a ela, falando claramente e restaurando sua paz interior. Esses momentos reforçam sua convicção de que suas experiências não são meras fantasias, mas sim manifestações genuínas de sua conexão com o divino.

Ao final, Luisa expressa gratidão pelas graças recebidas, reconhecendo que tudo o que alcançou foi obra da misericórdia de Cristo. Ela se vê como “puro nada”, consciente de sua fragilidade e inclinação ao mal, mas determinada a permanecer fiel, mesmo diante das duras provas que enfrenta.

Essa narrativa, além de revelar uma profunda intimidade espiritual, oferece um vislumbre da complexidade da relação entre sofrimento e fé, destacando o desejo de imitar Cristo não apenas em Suas virtudes, mas também em Sua dor. Luisa, deixa  desde o início de seus testemunhos um legado de resignação e amor divino, inspirando reflexões sobre o significado do sacrifício e da entrega na busca pela santidade.

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